quarta-feira, 14 de maio de 2008

Morte

Hoje lembrei-me da morte mais uma vez. Acho que isso ficou claro nos últimos três posts ou mais. Tenho medo da morte. Tenho medo de morrer e descobrir que não fui o que deveria ter sido, o que poderia ter sido. Mais precisamente, não tenho medo da morte em si, pois morrer é fácil: qualquer um pode deitar-se no chão e esperar seu abraço. Difícil é viver de forma criativa, honrada, corajosa. Temo no dia da minha morte descobrir que não vivi. Este é um medo que me acompanha diariamente. Posso esquecê-lo, deixá-lo em segundo plano para atender as demandas de minha vida estudantil, mas no momento que paro e fico só comigo mesmo, lembro-me de sua eterna presença. Penso então em minha vida. Ela é boa, ela faz sentido. Mas é incompleta.

Estou me repetindo nestes posts, dizendo a mesma coisa de formas diferentes, frequentemente desconexas. Acho que estou fazendo isso por não encontrar uma maneira mais adequada e definitiva de expressar o que sinto neste momento.

Não quero que meu sentimento atual desapareça por um passe de mágica, pois ele é uma bússola que mostra que há algo faltando em mim. A dor pode ser ruim, mas mostra que algo não está certo. Esta minha angústia existencial também. Se me fosse proposto nunca mais sentir-me assim, recusaria. Seria como vender minha alma para o diabo. Quero descobrir por conta própria o que devo fazer, a minha Verdade. Quando fizer isso, a angústia será irrelevante.

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