domingo, 17 de outubro de 2010

Vlog

Aparentemente, está na moda ter um vlog. Pra quem não sabe, "vlog" é a contração de "Video-Log", e é como um blog, só que com vídeos. Por exemplo, se o Espadachim Cego fosse um vlog, ele não teria textos gigantescos tratando de assuntos irrelevantes, mas teria vídeos de dez minutos onde eu pessoalmente falaria de assuntos irrelevantes, como vlogs.

Criar e manter um vlog é ainda mais fácil do que criar e manter um blog, especialmente nos dias de hoje, quando qualquer idiota tem uma câmera digital de 12 megapixels: é só se filmar falando sobre qualquer coisa. Claro, como qualquer coisa desse mundo, a qualidade do conteúdo dos vlogs varia bastante, tanto quanto o da internet em geral. No Brasil, os mais famosos são o PC Siqueira e o Felipe Melo. Ambos tem um estilo bem diferente de "vlogar" - PC Siqueira é espontâneo e fala tudo o que vem na cabeça na hora de gravar, enquanto Felipe Melo obviamente tem um roteiro (e provavelmente dá uma ensaiada na frente do espelho do banheiro). Surpreendentemente, ambos alcançaram um razoável sucesso, e já podem se considerar subcelebridades nas interwebs canarinhas. Há outros exemplos por aí na internet como um todo, especialmente na parte que fala inglês - atualmente, meu favorito é o da Julia Nunes, que canta sozinha e com recursos e efeitos sonoros próprios as músicas favoritas dela, e que fica muito bom mesmo, mas também tem o clássico That Guy With The Glasses, e o infame Red Letter Media, que são sites mais focados em fazer reviews de filmes (usualmente detonando eles da maneira mais violenta possível - tão violento quanto a internet pode ser).

Olhando todos esses exemplos de sucesso, bem como outros exemplos de fracasso, cheguei à uma conclusão: eu posso ter um vlog também. Qual seria o assunto principal desse vlog? Sei lá. Qualquer coisa que me interessasse por mais de 15 segundos. Teria roteiro, script, seria ensaiado? Olha, como bom cientista humano, seria semi-estruturada: começa com alguma coisa ensaiada e depois descamba para a putaria o improviso. Alguém iria olhar? Provavelmente meu pai, que depois de duas semanas ia começar a reclamar que eu não atualizo de chega (tipo o blog). Seria um vlog engraçado? Para algumas pessoas, provavelmente. A única certeza que tenho é que eu ia me divertir fazendo isso. Aliás, já teria feito se soubesse como usar a câmera do meu laptop.