quinta-feira, 20 de maio de 2010

Novos Links

Uma atualização rápida: coloquei uns blogs novos na guia "amiguinhos" aqui do lado, o que quer dizer que são blogs de amigos meus ou, pelo menos, blogs de pessoas que visitam o "Espadachim Cego" e deixam comentários de vez em quando. Considerando que eles me linkaram no blog deles, nada mais justo que eu link eles de volta.

O Play the Coin! já estava na lista, mas o link ainda era do Kit.net. Agora está certinho com o link do Wordpress.

Silenciosas Palavras, do meu bixo Willian. Admiro a sensibilidade dos textos dele.

Psicologia no Blog, da Lizandra, de Teresina, no Piauí. Espero que tu apareça em Belém do Pará esse ano para o ENEP, viu?

Juventude em Cena - Não exatamente uma pessoa, mas um projeto de extensão, do qual faço parte desde 20008. Deem uma conferida, por favor, que está muito legal.

Ensaios Evitativos - Microblogging

Eu sei que eu estou alguns meses atrasado para fazer este post, o que, em tempo de cachorro internet, equivale a anos, mas acho que ainda é válido escrever aqui sobre uma dúvida que vem me atormentando nos últimos dois dias:

Pra que serve o Twitter?

Eu tenho um Twitter, apropriadamente nomeado Blind_Swordsman, mas deixei ele inativo por quase dois meses, e voltei a usá-lo só ontem. E, entre uma tuitada e outra, eu me flagrava questionando a utilidade daquilo, ao mesmo tempo que percebia como ficar fazendo miniposts em cima de miniposts é gratificante.

Acho que o Twitter te dá uma sensação de poder: tu pensa "olha só, atualizei meu twitter 12 vezes hoje" e se sente um indivíduo produtivo. Só que, convenhamos, é a mesma sensação de poder de dar a descarga naqueles vasos sanitários com detecção de movimentos. Sabe quando eu consegui escrever doze atualizações para este blog aqui? Só uma vez, e precisei ficar acordado uma madrugada inteira para conseguir essa façanha. Com o twitter, este problema está resolvido, por que, se você fizer um tweet para cada necessidade fisiológica satisfeita, você consegue pelo menos umas 8 atualizações, e com muita facilidade pode aumentar este número com comentários a respeito da textura de suas fezes. Eu certamente consigo escrever um post inteiro para o blog falando sobre as diferentes texturas de excremento que existem por aí, mas isso dá muito mais trabalho. Com o Twitter, 140 dígitos é o máximo que você precisa para dizer "Ha! Atualizei!"

Ele também é um ótimo instrumento de evitação. Identifiquei um padrão nas minhas tuitadas: primeiro, aparece um trabalho da faculdade para fazer. Começo a fazê-lo, até que eu percebo que terminá-lo vai levar muito mais tempo, muito mais trabalho e vai ser muito mais chato do que eu calculara inicialmente. Então, eu procuro uma válvula de escape, algo que me permita fingir que não tenho nada para fazer - e é aí que eu vou pro Twitter, e faço milhares de atualizações. Depois disso, eu tomo vergonho na cara e vou fazer meu trabalho, geralmente passando uma madrugada inteira acordado, e deixo o twitter abandonado por mais alguns meses antes de aparecer outro trabalho chato para fazer. Agora que eu decidi atualizar o twitter com maior freqüência, descobri outro mecanismo de enrolação: acompanhar as atualizações alheias. Não surpreendentemente, mais gente usa o twitter da mesma maneira e na mesma hora que eu (I'm looking at you, Vane)! Então, um comenta o tweet do outro, que comenta de volta, que recebe uma tréplica, até o momento que a gente cansa de escrever frases tão curtas ou precisa trabalhar sério.

Eu imaginava que, com tão poucos dígitos para se expressar, não sairia nada de interessante, mas é justamente o contrário: eu leio coisas muito legais. Atualmente, a onda é fazer piadas com a frase "Misturei Activia", e o povo tem tiradas muito boas (ex.: "Misturei Activia com Falamansa e agora tô cagando à toa"). Ver o que teus amigos estão fazendo neste momento é realmente banal, porém não deixa de dar uma sensação de estar um pouco mais próximo deles. O Saramago disse uma vez que o Twitter é a prova de que estamos voltando à época dos grunhidos. Eu, porém, acho que o Saramago é um velho rancoroso que não gosta de nada que ele não entenda e/ou use ele próprio, característica que, junto com sua fama, lhe permite fazer declarações bombásticas que qualquer um de nós faz todos os dias, mas não tem os meios de divulgá-la por aí. Aliás, o Twitter serve para isto.

Concluíndo: o Twitter é inútil, só que é divertido. Se você é um utilitarista empedernido, fique longe dele, mas fique sabendo que diversão também tem seu uso.