domingo, 16 de março de 2008

Barras pra que te quero

Nesses meses de treino, correndo no parque dos macaquinhos em Caxias, notei enquanto alongava que a barra fixa é um chamariz para grupos de jovens adultos do sexo masculino, que se aglomeram em torno deste aparelho de exercícios para competir e ver quem é o mais forte. Frequentemente, o campeão é alguém recém saído do quartel, e frequentemente, é este quem incita os outros a entrarem na competição contra ele, com a certeza de que vai ganhar.

"Andarilho, VOCÊ TAMBÉM é um jovem adulto do sexo masculino".

Eu sei. Mas eu tenho padrões de comportamento diferentes, talvez por fazer Psicologia, ou por que decidi fazer Psicologia, não sei. Só sei que, sempre que vejo estas matilhas de homens se aproximando da barra fixa para ver quem é o melhor eu me mantenho a distância. Não é por medo de perder de forma humilhante. Na verdade, há poucos na minha idade que conseguiriam me derrotar num campeonato de barras. Prefiro passar incógnito, apenas observando.

Fico poderando o motivo de tais campeonatos entre amigos. Raramente eles descambam para violência, até por serem entre amigos, mas demonstram claramente a tendência masculina de competir e demarcar território. A exclamação "eu sou o Rei da Barra Fixa" não deixa de ter suas semelhanças com o comportamento dos lobos machos de urinarem em árvores para demarcar seu local de caça e afugentar machos rivais.

Também é interessante notar que este comportamento é mais comum no Parque dos Macaquinhos, em Caxias do Sul, do que no Parque da Redenção, em Porto Alegre. Até agora, não vi nenhuma matilha de rapazes se aproximando de uma barra fixa para ver quem é seu rei. Há muitas explicações diversas para esta diferença: as barras fixas no Parque dos Macaquinhos são muito mais visíveis do que na Redenção - no Macaquinhos elas estão do lado da pista de corrida, enquanto que na Redenção elas estão no meio do mato. Uma maior visibilidade permite que os competidores possam vê-las mais facilmente, e principalmente, se exibirem com maior facilidade ("Olha como eu sou forte, mulherada!"). Pode ser também que, devido ao tamanho muito menor do Parque dos Macaquinhos, se comparado com o Parque da Redenção, este fenômeno social seja mais visível em Caxias do que em Porto Alegre. Ou eu nunca fui pra Redenção numa hora que os homens jovens se reunam pra cantar de galo.

Vídeos e criatividade

Finalmente aprendi como se posta vídeos em blogs. Isso permite que eu faça posts com mais freqüência, mas também pode me fazer ir por um caminho que não quero trilhar.

É legal postar vídeos e coisas catadas da internet. Mas eu sou um blogueiro com um código de conduta bem restrito: esforce-se para publicar coisas criativas e não saia copiando e colando feito um abobado é meu primeiro mandamento. Quebrei ele a marretadas no mês de janeiro no R&A. E mesmo naquela época sombria (2 meses atrás), eu ainda tentava dar um toque pessoal para todas as porcarias que eu pegava no 4chan. E colocar vídeos que outras pessoas criaram no meu blog pessoal não é criativo (fazer os próprios vídeos e postá-los, por outro lado, é).

Mas enfim, agora que eu posso colocar vídeos aqui, o blog vai ficar mais variado, o que é sempre uma coisa boa. Desde que eu não erre a mão e exagere.

Signal Fire - Snow Patrol

Primeiro vídeo postado com sucesso aqui no Espadachim Cego (eu espero). Música muito bonita, com um vídeo muito bem montado.

Doce quimera

Por alguns instantes, acreditei que consegui postar vídeos no blog, para logo depois ter meu coração despedaçado pela realidade. Não dá pra editar a droga do post sem foder com o vídeo.

Mais um link interessante

Ballastexistenz

Coloquei na guia de links interessantes hoje. É o blog pessoal de Amanda Baggs, adulta autista que defende que sua condição não é uma doença, apenas uma forma diferente de funcionar no mundo. Ela ficou mais conhecida depois que postou um vídeo no YouTube chamado "In My Language", gravado, editado e postado sem ajuda de ninguém. Nele, ela mostra sua forma pessoal de comunicação com o mundo, e reclama que, apesar de ser considerado um déficit grave não falar a língua normal (ela é "muda"), não é considerado um problema não entender a língua autista. Aqui está ele:

http://www.youtube.com/watch?v=JnylM1hI2jc

Eu ainda aprendo como colocar o vídeo no blog, mas até lá, contentem-se com um mero link.