quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Minha Ausência

Como os leitores devem ter notado, este tem sido um mês de vacas magras em atualizações no Espadachim Cego. Gostaria de explicar esta situação.

Normalmente, meus textos são escritos quando eu quero escrever, e quando tenho um assunto relativamente estruturado em minha mente. Quando não tinha um assunto mas tinha desejo de escrever, eu rapidamente descobria alguma abobrinha que chamasse atenção o suficiente para fazer pipocar alguma idéia. Isto continua ocorrendo, mas com uma freqüência muito menor. Por outro lado, estou lendo muito mais do que antes.

Acho que estou em uma fase mais receptiva do que produtiva atualmente, e estou elaborando as coisas de forma diferente. Não quer dizer que vou parar de escrever aqui. Ainda gosto muito de fazer isso. Apenas, muito provavelmente, não vou escrever feito um tarado por um tempo.

Insanidades de Aspirante à Asceta

São 3 da manhã aqui em Porto Alegre e eu ainda estou acordado. Mas apesar de estar tão tarde, e ao contrário do que é meu costume, não estou vagabundeando: além de ler, estou treinando Kung Fu.

Sim, é no mínimo contraditório que eu esteja exercitando minha disciplina num horário onde qualquer asceta já estaria dormindo há um bom tempo. Irei corrigir esta minha impostura futuramente, mas no momento tenho outras prioridades.

A principal atualmente é estabelecer uma rotina diária de exercícios físicos. Até não muito tempo atrás, eu fazia dia sim, dia não uma bateria de exercícios variados. Contudo, depois de passar para a faixa verde relaxei e perdi este hábito. Contudo, não pretendo simplesmente voltar a fazer a mesma coisa, já que pedi conselho sobre este assunto para meu mestre e ele foi claro: flexões, abdominais e resistência em base cavalo. Já fazia todos estes anteriormente, só que em intensidade muito menor. A mudança mais radical foi com a resistência. Antes, ficava 3 minutos e meio parado; agora, faço 7 minutos.

Segundo meu professor, este é o único exercício que eu não posso parar nunca de fazer, pois é através dele que nosso corpo se acostuma com o fluxo de chi, a energia vital, e se torna mais forte. Estudante de um curso epistemologicamente materialista, fiquei um tanto quanto cético quanto a esta afirmação dele. Mas, ei, ele é mestre no assunto e eu não. Alguma diferença deve fazer, fluxo de chi ou não.

Não tenho nenhum dado conclusivo até o momento, mas tenho a impressão de que ele está certo.