quinta-feira, 24 de julho de 2008

Livros, livros, livros...

Dizem por aí que eu leio demais. Não é mito - é realidade. Para confirmá-lo, aqui vai mais uma série de fotos, dos livros que tenho espalhados pelo meu quarto:

De baixo do prato com cascas de bergamota, livros que peguei de bibliotecas.

Minha cama, que atualmente não passa de um depósito de livros.

Pilha dos livros que estão sendo lidos agora. Faltam dois.

Alguns livros que pretendo ler no futuro próximo, e uns polígrafos da faculdade, que estou lentamente desbravando.

Pilha suprema de livros ainda por ler. Como podem ver, tão alta quanto a cômoda.

Salci fufu! Tinha mais livro escondido do lado da pilha grande! Há!

E é isso. Esse é meu quarto.

A Sempre Condicional Liberdade

Tal como muitos filósofos e cientistas antes de mim, preocupo-me com a questão da liberdade humana. Este debate divide-se basicamente em duas posições, aparentemente irreconciliáveis e antagônicas: ou o ser humano é livre, ou não o é.

De fato, o ser humano é largamente determinado por causas sob as quais ele não exerce o menor poder – sua carga genética de Homo sapiens e membro de sua família, e o meio ambiente em que vive – físico, natural e social. O argumento de que o ser humano é livre para ser o que bem deseja é na maioria das vezes falho, pois parte do pressuposto de que há dentro de nós um ser autônomo, que nos faz agir de acordo com seus desejos, deus ex machina. Diria que isto é absurdo, se não fosse tão ingênuo. A diferenciação geralmente feita entre organismo e ambiente é meramente didática, pois não temos como viver sem um ambiente. Mesmo que me retirasse para o meio do nada, eu ainda viveria num ambiente composto por nada (e ainda teria o problema filosófico de definir o nada absoluto para resolver, o que não é nada legal). E também não tenho como fugir dos meus genes, muito menos dos milhares de anos de seleção natural e evolução que formaram a raça humana, que continua a modificar-se.

Ainda assim, acredito que somos livres, não de forma total e plena, mas circunstancialmente. Em nossas vidas, somos obrigados a tomar muitas decisões. Algumas são praticamente inconseqüentes, como que tipo de pão comprar, outras são mais graves, como que profissão seguir. É neste vácuo de escolhas que nossa liberdade reside. Claro, mesmo quando tomamos decisões somos influenciados pelo nosso passado, mas sempre podemos escolher algo completamente diferente de tudo que já vivemos ou conhecemos. Pode não parecer ser uma grande liberdade, mas é ela, e essencialmente ela que pode nos levar a sermos heróis ou vilões, santos ou pecadores, auto-realizados ou perdidos no abismo hedonista do mundo material.

Como disse, são nossas experiências com nosso ambiente que nos determinam. Assim sendo, quanto mais eu sei e conheço do mundo, mais livre sou, pois meu repertório comportamental é maior e mais variado. Uma pessoa que nunca saiu de sua cidade natal muito provavelmente é mais apegada aos seus hábitos e costumes que uma pessoa que viajou pelo mundo todo e conheceu estilos de vida diferentes do seu. Não quero dizer que pessoas viajadas são mais livres que pessoas que nunca saíram de casa, mas é mais provável que o sejam. Mas não se conhece o mundo apenas através de viagens, mas também de livros, jornais, filmes e qualquer outro meio de comunicação. Talvez seja melhor dizer que pelo menos um poderoso veículo de nossa libertação é a informação, ou o conhecimento, pois com ela, somos capazes de agir de formas mais variadas. Com o conhecimento, podemos nos libertar do nosso passado e criar um novo futuro, diferente de tudo que viera antes de nós.

De fato, o ser humano não é livre, enredado que está em seus genes e condicionamentos. Os primeiros, não podemos mudar tão facilmente. Os segundos, contudo, estão sob nosso poder, apesar de na maior parte do tempo os deixarmos comandar. Liberdade é nossa capacidade de auto-reforçarmos nossos comportamentos mais desejáveis. Assim sendo, o ser humano pode não ser livre, mas caminhar paulatinamente para uma maior liberdade.

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Não fiquei muito satisfeito com o texto em si - achei que ele ficou um pouco confuso e desconexo - mas achei que seria interessante compartilhá-lo no blog, e ver se alguém aqui tem algo a dizer a respeito.

Missão Matrícula

É... estou, neste exato momento, às 3:15 da madrugada, acordado e fazendo minha matrícula para o semestre letivo de 2008/2. A largada foi dada à meia-noite de hoje, 24 de julho, para todos os estudantes interessados em continuar estudando de graça na UFRGS efetuarem suas matrículas. Como eu conheço o ser humano, esperei o fervo das primeiras horas passar, o Portal do Aluno se descongestionar, para que só então eu me coçasse pra fazer qualquer coisa da matrícula.

Acho que já falei isso anteriormente, mas repito agora: é impossível estudar na UFRGS sem se incomodar pelo menos uma vez com a matrícula. No Instituto de Psicologia, os departamentos costumam oferecer disciplinas eletivas aleatórias, que dependem do interesse momentâneo dos estudantes e professores e do Espírito Santo, e tendo caráter provisório, não podem ser marcados à ferro quente na grade curricular. São, então colocados dentro de uma disciplina guarda-chuva, de nome genérico, para que estas disciplinas sejam cursadas de forma legal perante o DECORDI. E a sociedade. E a Justiça. E a Verdade. E as drogas.

Cada departamento chama essas disciplinas do jeito que bem entende. No Departamento de Psicologia do Desenvolvimento e Personalidade, ela se chama "Tópicos em Psicologia" - I, II e, mais recentemente, III. Semestre passado, as duas eletivas que cursei estavam registradas como Tópicos I e II. No próximo semestre, quero cursar outra eletiva - que também está registrada como Tópicos em Psicologia II. Caso você tenha lido tudo e não tenha entendido nada, eu explico a parte essencial: vou ter que ir na Comissão de Graduação (COMGRAD) e pedir por escrito para que eu seja matriculado manualmente em Tópicos em Psicologia II, abrir processo no DECORDI e esperar que eles gostem de mim, e aprovem meu pedido logo de uma vez.

Isso é tudo culpa da globalização. Sempre é. E do aquecimento global. Eu deveria parar de escrever tanta bobagem quando eu tô com sono.