terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Momentos de Crise (Parte II)

Tenho mais informações do que aconteceu longe do nosso acampamento este final de semana. A mãe do menino que se acidentou, como disse no outro post sobre este assunto, ficou indignada conosco, e ligou para todos os pais que pode e falou-lhes do que tínhamos feito com o seu filhinho. Até aqui, nada de novo.

Bem, o que fiquei sabendo hoje através de um amigo que acampara conosco, e que ligou algumas vezes para o hospital e para a mãe do guri, é que às 18 horas do sábado, a situação já tinha sido estabilizada, e o guri no hospital já estava acordado e conversando normalmente. Mas a mãe dele continuou dizendo, para quem quer que ela ligasse, que o filho dela ainda não tinha acordado. Não tenho motivos para duvidar da fonte da informação, e com posse dela, só posso concluir duas coisas: ou a mulher estava em um estado agudo de Histeria (não tenho termo melhor para descrever este comportamento), ou ela queria consciente e deliberadamente ferrar a gente.

Meu amigo teoriza que o motivo de tantos telefonemas foi para tumultuar nosso acampamento, pois segundo ele, ela estava irritada com o fato de que não tinhamos ido embora depois do acidente. Ele concordaria com minha segunda hipótese, mas prefiro acreditar que ela não conseguiu aguentar a pressão de ter o filho no hospital por causa de um acidente, entrou em um estado neurótico histérico e passou a nos culpar pelo acontecido.

A linha entre estas duas hipóteses é tênue, pois nas duas há o desejo de acabar com nosso acampamento e nos deixar em maus lençois com nossos pais. A diferença estaria no nível de consciência dos atos. Na primeira hipótese, ela fez tudo o que fez movida pela dor, e sem pensar que iria nos deixar em má situação, enquanto na segunda tudo o que ela fez foi feito e calculado para tanto.

Talvez eu tenha que formular uma terceira hipótese, misto da primeira com a segunda, de que ela, movida pela dor, conscientemente agiu para nos ferrar, mas com a idéia de que estava fazendo justiça. Em qualquer uma das três, o despreparo emocional é claro e evidente.

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