sábado, 14 de junho de 2008

Da série "respostas apropriadas para discussões irracionais"

Melhores Músicas da História IV

Eu quero sempre mais
Ira e Pitty
Composição: Edgard Scandurra

A minha vida, eu preciso mudar todo dia
Pra escapar da rotina dos meus desejos por seus beijos
Dos meus sonhos eu procuro acordar e perseguir meus sonhos
Mas a realidade que vem depois não é bem aquela que planejei

Eu quero sempre mais
Eu quero sempre mais
Eu espero sempre mais de ti

Por isso hoje estou tão triste
Porque querer está tão longe de poder
E quem eu quero está tão longe, longe de mim

Longe de mim
Longe de mim
Longe de mim

A minha vida, eu preciso mudar todo dia
Pra escapar da rotina dos meus desejos por seus beijos
Dos meus sonhos eu procuro acordar e perseguir meus sonhos
Mas a realidade que vem depois não é bem aquela que planejei

Eu quero sempre mais
Eu quero sempre mais
Eu espero sempre mais de ti

Por isso hoje estou tão triste
Porque querer está tão longe de poder
E quem eu quero está tão longe, longe de mim

Longe de mim
Longe de mim
Longe de mim

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Vida Dura (Parte 15)

Bibliotecas me fazem sentir retardado. Tô pensando seriamente em fazer biblioteconomia, pra entender como raios elas são organizadas! Fui em duas hoje, na Faculdade de Educação e na Psicologia mesmo, e nas duas fui incapaz de achar pelo menos um livro dos que eu procurava. Aqueles amontoados de números que chamam de "códigos" mais atrapalham do que ajudam. Hmm... talvez isso explique por que sempre digito errado a senha do banco.

Vida Dura (Parte 14)

Fui no auto-atendimento do Banco do Brasil no Hospital de Clínicas hoje, para desbloquear a senha da internet da minha conta. Inseri o cartão na máquina, escolhi uma opção e digitei minha senha.

SENHA INCORRETA

Droga. Repito todo o processo.

SENHA INCORRETA

Droga de novo. Não repeti tudo de novo por que, se digito a senha incorreta três vezes no mesmo dia, não só a senha da internet como toda minha conta é bloqueada. E a probabilidade de acertar miraculosamente na terceira tentativa só existe nos filmes.

Senha do Banco 1x0 Andarilho

Amanhã de manhã tem mais. Bancos de merda.

Eleição pra Reitoria - provável último post

Tentei ler as propostas dos candidatos a reitoria, mas não aguentei dez minutos, e quando digo que não consegui ler, é por que o negócio é ruim mesmo. Abandonei essa idéia de ler essas drogas.

Enfim, já sairam os resultados preliminares da votação, e segundo cálculos paternos pouco confiáveis, a chapa 1 ganhou. Mas, agora há pouco, na saída do RU, encontrei um amigo meu, que disse que a chapa 2 tinha se autodeclarado vitoriosa. Estranho, mas previsível para política. A Wrana (Chapa 1) foi quem fez a maior votação entre estudantes, mas a chapa 2 foi quem fez a maior votação entre os professores. Esse ano isso não faz tanta diferença assim, já que o voto dos professores conta só com 40% do peso total, contra 70% nas eleições passadas. O número total de estudantes que votaram (7813) pode muito bem virar a mesa este ano. Mas... se a chapa 2 se autodeclarou eleita, deve ter um bom motivo para fazê-lo, só não sei qual.

Em todo caso, até amanhã sai essa droga de resultado, e finalmente saberemos quem vamos xingar pelos próximos quatro anos quando acontecer alguma merda na UFRGS.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Da série "por que deveria cursar outra faculdade"

Notícia tirada da página principal da UFRGS:

IX Competição de Pontes de Espaguete
12/6/2008
Será realizada amanhã, dia 13, a IX Competição de Pontes de Espaguete. Nesta competição, equipes formadas por estudantes de Engenharia e Arquitetura competem na tentativa de construir a ponte de macarrão mais resistente. O objetivo do evento é que os alunos apliquem os conhecimentos teóricos no projeto e na construção de uma pequena estrutura feita de macarrão espaguete. A equipe de alunos cuja ponte resistir à maior carga de peso ganhará ponto nas disciplinas e medalhas comemorativas, além de outros prêmios. A entrada é livre e haverá transmissão ao vivo pela internet. A atividade tem início às 13h30min no Anfiteatro 600 do prédio da Escola de Engenharia (Av.Osvaldo Aranha,99 – Campus Centro).

Sempre que quero falar de um curso que NÃO me agradaria, falo em Engenharia. Mas essa notícia me fez ver que eu estava errado esse tempo todo. Na Psicologia a gente faz coisas inúteis assim o tempo todo, só que nenhuma delas é concreta, muito menos feita de espaguete. Mais uma vez, as Ciências Exatas ganham das Ciências Humanas, no quesito “coolness”. E eu lendo Lacan...

Eleição pra Reitoria - penúltimo post

Pois é. Hoje aconteceu a votação para reitor da UFRGS. Aliás, ainda está acontecendo, por mais 10 ou 15 minutos. Mas não vou me coçar e ir correndo até a urna eletrônica montada no saguão do Instituto de Psicologia pra votar em alguém que não sei o que pretende fazer. É, não consegui ler as propostas dos candidatos. Psicologia Analítica me pareceu mais interessante E mais premente. Vou tentar, se der tempo, ler as propostas post facto, pra ver qual plataforma pode vir a reger a UFRGS por quatro anos. Ou eu vou esperar até amanhã pra saber o resultado e ler só de quem ganhou por que tenho mais o que fazer.

Dando uma de futurólogo, acho que quem leva a reitoria é a chapa 2 – esses caras têm o apoio de 20 dos 28 diretores de unidades e do reitor, dinheiro pra espalhar cartaz por tudo quanto é canto da universidade e boa fama perante a maioria dos professores. Além disso, talvez futuro vice-reitor passou na nossa sala anteontem pra ganhar uns votinhos com a gente, e apesar de não ter conquistado o meu, falou coisas interessantes. Ainda assim, falar é diferente do que fazer. E ele parece estar bolinando o talvez futuro reitor nos cartazes espalhados por aí.

Simpatizo com a candidata da chapa 1, a Wrana. Ela já foi reitora, e segundo relato de um colega, os professores dizem que ela é uma desequilibrada e que xinga eles. Gostei dela só por isso. E por que ela é a cara do Kiko, e o candidato dela à vice tem nome estranho e parece o seu Madruga. Da chapa 4 não sei nada, exceto que são os mais malas, por que colocaram plaquetas de compensado por todo o campus Saúde com a cara deles, e eu quero ver quem vai limpar essa porcaria toda. A chapa 3 é a única que eu realmente não votaria, pois ouvi que o candidato dela, o Schimdtão, já foi acusado de corrupção quando foi um figurão da Associação de Docentes da UFRGS (ADUFRGS). Para piorar a situação, nos cartazes ele e a vice parecem que foram fotografados pela Brigada Militar, ele usa suspensório e ela tem cabelo vermelho berrante.

Seria baseado neste tipo de informação que eu votaria. Achei melhor deixar para daqui a 4 anos, quando já estarei formado ou ignorarei novamente todo esse circo. Mas não se preocupem que a palhaçada não acabou: em outubro, eleição do DCE. Nessa eu não tenho como não me incomodar, e provavelmente vou reclamar por aqui.

Amanhã coloco os resultados aqui, para todos aqueles que não se dignarem a olhar na página da UFRGS.

Take On Me - A-ha

Talking away
I don't know what I'm to say
I'll say it anyway
today's another day to find you
Shying away
I'll be coming for you love O.K.


Take on me
Take me on
I'll be gone
in a day or two


So needless to say I'm odds and ends
But that's me, stumbling away
Slowly learning that life is O.K.
Say after me
It's no better to be safe than sorry.


Take on me
Take me on
I'll be gone
in a day or two.


The things that you say
Is it live or just to play
My worries away
You're all the things I've got to remember
You shying away
I'll be coming for you anyway


Take on me
Take me on
I'll be gone
in a day or two

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Vida e Fogo

Depois que me meti com a organização do ônibus para o Encontro Regional de Estudantes de Psicologia (EREP), jurei que nunca mais iria me envolver com esse tipo de empreitada. Faltei com a palavra comigo mesmo, e de novo estou envolvido até o pescoço com o ônibus para o Nacional (ENEP). E essa tarde, chega meu veterano Chico e diz “cara, precisamos do CPF, número de identidade e conta bancária de dois estudantes pro depósito do dinheiro da SAE. Eu sugiro que esses dois sejam tu e o Marcelo”. No exato momento que ouvi esta frase, congelei. Não por que a tarefa seja tão difícil ou exigente (é só ficar esperando os burocratas do SAE fazerem o depósito), mas me trouxe a consciência das minhas inabilidades quando se trata de bancos.

Sou muito bem capaz de pagar uma conta ou fazer um depósito em qualquer banco, mas tenho horror a este tipo de tarefa. Parece-me tão sem graça e mundano, além de me sugar as forças como um vampiro suga o sangue de sua vítima e a deixa para morrer. Quando preciso cumprir alguma tarefa que envolva um desses estabelecimentos, cumpro-a, mas não sem me queixar como uma criança que não quer tomar vacina. “Preciso fazer isso mesmo, mãe?”

Poderia dizer que sou “desligado” da realidade, mas o que ocorre é o exato oposto – a realidade em que vivo não é aquela cinzenta onde os bancos e o capitalismo selvagem imperam, mas em uma realidade mais sublime, vibrante e numinosa, e nela vivo com toda a força de meu ser. Porém, os bancos e a necessidade de eventualmente lidar com eles existe, inclusive para mim. Mais do que isso, ninguém pode viver só de sonhos, e é preciso trabalhar para não morrer à mingua. O mundo material está para o mundo espiritual assim como a lenha está para a fogueira ou a água para as flores: é essencial para sua existência. Minha personalidade me leva a admirar o brilho do fogo e a sentir seu calor, mas torna-me cego para a necessidade de alimentá-lo de tempos em tempos com madeira. E assim, como de uma hora para outra, sou surpreendido pelo fato das brasas estarem morrendo, e sou obrigado a sair pela gélida noite em busca de mais madeira. Não teria que ser assim. Com certeza, em algum momento eu precisaria buscar mais madeira, mas não por que o fogo está morrendo, mas por precaução. É esta previdência que em grande parte me falta desenvolver.

Ainda assim, não consigo compreender muito bem as pessoas que se dedicam em tempo integral a coisas mundanas, como trabalho ou dinheiro. Como aqueles pais zelosos, que colocam seu filho em aulas de inglês, alemão, canto gregoriano, judô, piano e basquete, sem contar a escola, dizendo que isto é para “garantir seu futuro”. Que futuro? É o propósito de nossas vidas trabalhar e se preocupar, sem esperança alguma de uma vida mais elevada? É a chama apenas um efeito colateral das toras que reunimos? Não consigo acreditar que não, apesar de não poder provar nada.

Da mesma forma que a madeira serve a um propósito maior, também as coisas bobas que fazemos em nosso dia-a-dia servem a missão de aquecer e iluminar, não apenas algumas pessoas, mas toda a humanidade. O fogo não existe sem a lenha, mas a lenha por si só é inútil. Meu problema é justamente o oposto do da maioria das pessoas, pois consigo ver um sentido por trás de tudo. É uma questão mais comportamental do que qualquer outra coisa, pois preciso apenas me habituar a enfrentar filas de banco sem pedir mentalmente por clemência. Não sei se o mundo é determinista, mas posso dizer sem dúvida que ele é homeostático – busca seu próprio equilíbrio – e não vão me faltar oportunidades de desenvolver este meu lado mais sensação, a fim de manter meu lado intuição florescendo. Essa porcaria de dinheiro do SAE é uma delas. Preciso desbloquear minha senha do banco. Ugh.

Continuum científico

Amoladores não são realmente criativos. Durante uma aula especialmente chata, fiz um continuum bem parecido com este, só que ao invés de classificar por pureza, classifiquei por "níveis de frescura", indo da nada fresca física, até o supra-sumo da frescurite na ciência, a Antropologia. Entre as duas pontas, joguei o resto.

Fonte: Xkcd.

Política de novo

Sabem aquilo que eu falei sobre não me importar em absoluto com as eleições para reitoria na UFRGS? Pois é, isso não se sustentou. Hoje o candidato ao cargo de vice-reitor pela chapa 2 passou na nossa turma e pediu nosso voto. Ele me convenceu a votar chapa 2? Não, apesar de ter gostado do que ele falou. Mas fiquei pensando que talvez não seja tão inútil votar nesta eleição – agora, o peso dos votos está distribuído mais igualitariamente: 30% estudantes, 30% servidores e 40% professores. Como o que mais tem na UFRGS é estudante, 30% é bastante. Não que eu ache que iremos nos unir, virar a mesa e eleger o candidato que melhor nos representa. Mas dá para fazer um estrago.

Cheguei à conclusão que não vou deixar esta eleição maldita passar sem pelo menos ler as propostas de todas as quatro chapas, a mim enviadas para meu e-mail. Não sou capaz de me auto-alienar desse clima efervescente que há em toda a universidade.

Não estou bem certo se realmente votarei – isso dá trabalho, e portanto devo pensar bem se vale a pena gastar meus ATPs indo até a urna mais próxima, puxar minha carteirinha azul da UFRGS e votar. Mas já tenho um parâmetro de decisão. Vou primeiro ver qual chapa o DCE apóia: nesse eu não voto de jeito maneira.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Vida Dura (Parte 13)

Acabei de receber um e-mail intitulado "Filosofia e Psicologia", encaminhado através da infame lista de e-mails da Psicologia da UFRGS, a Tomada do DAP. Fiquei a princípio empolgado com a idéia, pois me interesso por Filosofia e suas relações com a Psicologia. Mas alegria de pobre e amolador dura pouco: só precisei ler o e-mail pra desanimar completamente.

Basicamente, o pessoal da Filosofia da UFRGS quer fazer um curso de extensão sobre Psicologia e Filosofia. Excelente. Mas daí cheguei neste trecho da mensagem:

pensamos em sugerir para ela [a palestrante] algo entre Hegel e Lacan ou, então, mais geral, entre arte, filosofia e psicologia, ou pode ser algo em Freud mesmo... mas, seria algo entre estes temas...

Hegel eu nunca li, mas se vier em dobradinha com Lacan, não vai prestar. E misturar arte, filosofia e psicologia é coisa de psicanalista lacaniano. Só faltou Deleuze e Guattari pra lista ficar completa.

Respeito quem gosta dessas teorias, mas acho deprimente que mesmo em cursos de extensão tenhamos que ver as mesmas coisas que vemos em aula. Mandei uma sugestão de vermos as relações entre os existencialistas, os humanistas e a Psicologia. Mas duvido que alguém preste atenção em mim.

Ó Céus, por que ainda espero alguma coisa dos outros?