quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Um Ano de Jornada

Ontem este blog fez um ano. Queria ter feito um post comemorativo, mas acabei indo comemorar outras coisas com meus colegas de estágio em um bar no Centro e acabei esquecendo completamente de escrevê-lo. Como prova de que superei, ainda que só um pouco, minhas obsessões de exatidão e simetria, faço o post agora, com um dia de atraso.

Apesar de todo este meu drama, não acho que haja muito o que falar a respeito deste um ano de blog. Um colega meu, no início do ano passado, quando este blog estava em seus princípios, me disse que, apesar de não gostar de tudo que escrevo, sempre gostou de como eu escrevo, e que meu estilo melhorou com a faculdade, assim como minhas capacidades de escrita. Não me lembro se ele disse por que isto ocorria, mas imagino que todo o processo de estudar Psicologia, lendo, discutindo em aula e escrevendo trabalhos poliu minhas habilidades literárias e argumentativas. Um ano depois, estas influências continuam me moldando ainda mais, com a diferença que, ao longo do ano de 2008 tive mais este espaço aqui para fazer minhas perguntas ao mundo. Não é uma tarefa simples, pois elaborar uma boa questão envolve discernimento do que não se sabe e do que se quer saber, além da capacidade de colocar tudo isto em palavras. Nem sempre tive sucesso nesta empreitada, e escrevi muita bobagem, mas, se comparado com onde estava há um ano, acho que progredi bastante.

Fez diferença eu criar um blog meu, com um nome e um foco mais idiossincráticos. No Roqueiro & Alcoólatra, agora falecido (apesar de ainda dar alguns suspiros eventuais) eu já fazia tudo isto, mas meus questionamentos mais elevados, espirituais, acabavam se perdendo no meio das bobagens que eu e os outros postadores escrevíamos. Fazendo uma comparação, era mais ou menos como escrever poesia para o Diário Gaúcho - completamente fora de lugar. Hesitei bastante, mas criei o Espadachim Cego. E foi uma boa idéia. Aqui, todos as perguntas que me fiz, mesmo as mais bobocas, puderam ser feitas com maior liberdade, e tentei respondê-las da melhor forma que pude. Para ser franco, não creio que tenha atingido nenhuma resposta satisfatória para nenhuma delas, mas talvez isto seja parte da natureza destes enigmas da vida.

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