segunda-feira, 22 de junho de 2009

Viva a Sociedade Alternativa!

Sentei-me hoje na biblioteca com duas colegas minhas para estudar. Não foi nada extraordinário - para ser franco, para um observador externo seria uma cena um tanto quanto monótona, pois quase nem conversamos. Ainda assim, senti como se algo fantástico estivesse acontecendo naquele exato momento, naquela mesa onde estavamos sentados fazendo algo tão comum.

Senti algo parecido semana passada, e na outra, durante a reunião do nosso diretório. Mais uma vez, não estavamos fazendo nada que não se faz em qualquer reunião de qualquer coisa, seja de diretório ou de clube de biriba: discutimos pautas, tomamos decisões práticas, ouvimos informes, fizemos piada a respeito de algumas bobagens. No meio de toda a algazarra, deixei-me levar e apenas observar, sentir e ouvir o que acontecia ali, e senti-me profundamente contente, pois foi-me permitido ver um coletivo estudantil decidindo seus próprios rumos, mesmo durante o inferno do final de semestre, e tudo isto sem conflitos partidários e brigas mesquinhas! Pode ser que dure pouco e que esta semana o DAP morra novamente, mas durante os últimos seis meses, como ele viveu! Fiquei ainda mais contente quando um outro colega meu, também presente nesta reunião, falou que sentiu algo muito parecido com o que eu mesmo senti.

Que sensação é essa? A resposta surgiu antes mesmo que conseguisse formular a pergunta - é a sensação de pertencer a um grupo, a algo maior que si mesmo e mesmo assim continuar um indivíduo único - de poder depender dos outros mas continuar independente. Se todo movimento estudantil fosse assim, viveriamos uma verdadeira revolução.

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