quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

A novela e minhas esquisitices

Várias vezes nesse blog eu afirmei que sou um anormal (isto é, fora da curva normal), embasado em observações empíricas. Mais uma vez, venho dizer aqui que sou um anormal. Neste exato momento, enquanto digito estas linhas, estou assistindo a novela das 8, "Caminho das Índias", por que aqui onde estou a TV e o computador ficam no mesmo cômodo. É a mesma história de "O Clone", só que ao invés dos muçulmanos dançando por qualquer peido e dizendo lugares-comuns culturais numa cidade do Marrocos, são hindus dançando como se fossem figurantes em um filme indiano e largando frases pseudoculturais altamente forçadas. Ah sim, até onde eu sei, não há nenhuma trama sobre algum assunto científico controverso (o que é uma pena. Seria do caralho ver uma história sobre a pesquisa neurocientífica com os meninos da FASE na novela). Resumidamente, é insuportável.

Contudo, tenho que dar o braço a torcer para a Glória Perez. Apesar dela não ser exatamente criativa em termos de enredo (a próxima novela dela vai ser na África, escrevam o que eu digo), ela sempre dá um jeitinho de colocar no meio de toda aquela baboseira dos diálogos um pedacinho de filosofia da cultura retratada. Não dura muito tempo, pro povão não ficar esperando demais pra saber o que a Juliana Paes vai fazer da vida e mudar de canal. E é aqui que eu sou anormal: pouco me importa se a Juliana Paes vai casar com o noivo que a família escolheu. Acho muito mais interessante ver o que o brâmane Lima Duarte tem para dizer sobre o Baghavat Gitah.

Numa nota apenas tangencialmente relacionada, os indianos dançando em cima das colunas na entrada da novela (0:32s de vídeo) me lembram de Tunak Tunak Tun. Uma verdadeira jóia.

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